por Keisha Hatchett

No sábado, o episódio final fechou um ciclo quando Olivia e Corrine trancaram as quatro crianças no sótão com a promessa de que seria por apenas uma noite. (Em Flowers In The Attic eles passam anos presos ali.) 

Nos últimos segundos do episódio, a câmera foca no semblante neutro de Corrine, antes de mudar o foco para a expressão dura de Olivia e, finalmente, na porta de madeira sendo trancada pelo lado de fora – indicando os eventos horríveis que estão por acontecer. Se a expressão de Corrine pareceu um tanto sinistra, a atriz Hannah Dodd diz que foi intencional. 

“Eu sabia que era descrita como nauseantemente doce por um bom tempo em Flowers In The Attic, então eu não queria que ocorresse uma mudança radical do nada,” Dodd conta para TVLine. “Mas, ao mesmo tempo, é bacana mostrar esse vislumbre do que está por vir. Nós tentamos de alguns jeitos: apenas saindo, diferentes expressões faciais…A interpretação cabe a audiência. Nós testamos vozes diferentes também, só para decidir o que guiaria as pessoas a essa direção.” 

O episódio final também explica exatamente o que aconteceu com os Foxworths e seus bens após a inesquecível noite do baile de debutante de Corrine. Ela e Christopher fugiram, se casaram e começaram sua própria família, Olivia, por sua vez, tentou matar Malcolm, já que seus filhos se recusavam a viver no mesmo teto que ele. Ela arquitetou uma queda que o paralisou e o deixou sem a capacidade de falar, contudo ele continuou vivo (até porque a maldade nunca morre). Com ele já não sendo um problema, Olivia assumiu as finanças da família e Nella se mudou para Nova Iorque para realizar seu sonho de ser cantora. 

Enquanto isso, Corrine e Christopher construíram uma perfeita vida suburbana com seus filhos antes dele morrer em um acidente de carro, e Harry e Joel tiveram seu final feliz, viajando pelo mundo juntos.   

“Eu amei a história do Harry e do Joel,” Dodd compartilhou. “Obviamente, isso é totalmente novo e não está no livro. Todos nós falamos sobre o fato deles serem as únicas pessoas que tiveram um final feliz. É tão lindo que o amor deles tenha sobrevivido aquele lugar medonho, e eles saíram de lá e puderam viver seu felizes para sempre. Para todos os outros que ficaram, as coisas só pioraram.” 

Um momento que a surpreendeu…

“O momento em que, após lidarem com Steiner, Malcolm beija Olivia pela primeira vez. Isso foi uma grande surpresa e tão controverso. É algo tão simples, mas tão absurdo que no pior momento possível, ele de repente tenha algum tipo de respeito e adoração pela sua esposa pela primeira vez em tantos anos. Além disso, é triste que Olivia precise disso, mesmo que ela tenha desistido dele e ele tenha desistido dela há tanto tempo. Foi uma reviravolta, como eles são presos um ao outro. Eles são tão ligados e isso é uma bagunça.” 

Em uma cena que foi cortada…

“Teve uma cena deletada em que Corrine está abortando. Acho que isso foi o melhor, mas é de partir o coração. É ainda mais doloroso agora. Alguns de nós discutimos como nos sentimos filmando isso e como o mundo mudou nos últimos meses. Era para ser um ‘Olha quão longe chegamos’ e agora representa algo muito pior; como algumas mulheres passarão por isso e como representa um homem que acredita ter direito de opiniar sobre o que acontece no corpo de uma mulher. Isso a leva a ter que ter uma opção como essa e não foi a melhor opção para ela.” 

Se ela acha que poderia ter uma continuação da minissérie de Flowers In The Attic… 

“Eu não sei. Obviamente, o próximo passo seria Flowers In The Attic e isso já foi feito, então me pergunto se existe a necessidade disso. Claro que com uma minissérie, você gostaria de se aprofundar mais nos personagens. Eu ficaria intrigada de como isso poderia funcionar, fazendo isso de um ponto de vista diferente ou não, talvez vendo o que acontece fora do sótão nesse período. Teria que ter um motivo para recontar essa história porque Lifetime já fez isso e fez um trabalho incrível.” 

Confira a entrevista completa aqui.